A origem das Joias
Desde os tempos mais antigos o uso de joias esteve em relação com os trajes. Certos sociólogos chegam a afirmar que a ornamentação precedeu a vestimenta, e que certos trajes derivaram do ornato.
Algumas partes do corpo são mais apropriadas do que as outras a ostentarem joias – e isso explica a existência , em estádios bastante recuados de civilização, de joias como colares pulseiras e anéis. Tais joias sempre foram utilizadas como fonte de deleite, porém não raro encararam-nas também como amuletos e como objetos devocionais, como símbolos do poder e como atrativos sexuais.

Os relevos esculpidos assirios e babilônios mostram que na Mesopotâmia era comum o uso de joias como colares, brincos e braceletes. As joias mesopotâmicas eram quase todas de ouro ou de prata, como ficou provado pelo material colhido em Ur, em escavações na década de 70.

Na Etrúria e em Roma surgiram, ao lado dos motivos gregos típicos, outros característicos, como o brinco etrusco dito de gôndola, ou brinco de argola. Em oposição à elegância da joia grega, a romana era pesada e monumental.
Bizâncio conheceu também joias esplêndidas, decoradas com motivos geométricos executados em cloisonné. O vidro e a argila foram utilizados como substitutos de materiais mais custosos.

A joia renascentista foi produzida por artistas como Benvenuto Cellini, Mantegna, Verrocchio e Leonardo da Vinci. As pedrarias começaram a ser usadas em larga escala, bem como pérolas. O retrato de Jane Seynour, de Holbein, dá uma nítida ideia do modo pelo qual as mulheres de alta estipe se cobriam de joias.
O Barroco viu a princípio o desaparecimento progressivo do anel, que mais tarde ressurgiria com força duplicada (anéis comemorativos, memoriais). Do século XVIII em diante a bijouterie francesa impõe-se a toda Europa.


